Cattleya Nobilior Reich

História

A C. nobilior foi descrita por Reichenbach em 1883 no L’illustration Horticole. Curiosamente, foi desenhada por Lucien Linden, que desde o primeiro momento preocupou-se em mostrar a diferença morfológica da planta, para assim talvez, distingui-la da C.walkeriana de Gardner. Seu nome em latim, de acordo com um dos maiores etmólogos, o já falecido e querido padre José Gonzales Raposo, significa “mais nobre”.

Habitat

C. nobilior tipo

Originárias dos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, sul do Maranhão e Tocantins, estas plantas de cor lilás claro ao escuro, preferem estar junto aos cursos de água perene, repletos de umidade o ano todo.Vegetam normalmente sobre árvores frondosas que lhes proporcionam ventilação. Florescem em julho/agosto.

C. nobilior var.amaliae Pabst

Encontram-se em extensa faixa do norte de Tocantins, sul de Goiás e sudeste da Bahia. Normalmente estão alojadas em árvores baixas, típicas do serrado brasileiro. Diferem-se por apresentar cor rosa-claro, com labelo amarelo-limão, intensamente entrecortado de veias lilás escuro. Florescem em setembro/outubro.

O Cultivo

O cultivo desta espécie é reconhecidamente difícil. Proporcionando às plantas um ambiente igual ou mesmo superior ao que ela tem na natureza, consegue-se boa qualidade de vida. O uso de placas de madeira ( principalmente a casca de peroba ), oferece um bom desenvolvimento para as plantas, que espalham suas raízes em todas as direções. Temos cultivado também em tocos de café obtendo bons resultados.

No seu habitat elas ficam meses sem receber águas das chuvas. É no período chuvoso que elas absorvem grande quantidade de umidade, armazenando reservas para a época da floração. São ávidas por luz, mas não toleram por longo período temperaturas elevadas, superiores a 40°C. Este acontecimento provoca danos às folhas, a saber grandes manchas negras, provenientes de queimaduras. A rega deve ser cuidadosamente controlada, porque as raízes desta espécie não toleram umidade constante, fato que provoca apodrecimento das mesmas.

As plantas provenientes de laboratório são de cultivo mais fácil. Temos dispensado à C. nobilior, o mesmo cuidado que à C. walkeriana, com bons resultados.