Segurança em dispositivos móveis

Cresce o uso de dispositivos móveis para uma grande quantidade de atividades através de apps. Uma grande quantidade de startups surgem há cada dia, oferecendo novas maneiras de fazermos as coisas através da tecnologia.

Recentemente, Hillary Clinton, causou polêmica por uma atitude, digamos, simples. Em entrevistas, Hillary acabou contando que, enquanto era Secretária de Estado na Casa Branca, acabou usando uma conta de e-mail pessoal para tratar assuntos oficiais por razões, segundo ela, de praticidade e comodidade em não ter que carregar dois celulares! Por questões de segurança do estado americano, os profissional do governo não podem trocar correspondências de qualquer natureza se não pelos meios oficiais, como ocorre nas regras de segurança da informação corporativas.

Tirando a parte burocrática desse exemplo americano EUA, sabemos que, do ponto de vista de segurança digital, chegamos a um momento em que os olhares devem estar mais que voltados para as tecnologias móveis. Técnicas que foram ensinadas para identificar um phishing em um computador nem sempre funcionam para a segurança mobile. Então como superar os desafios de infecção nos celulares?

Hoje já sabemos que 47% da população brasileira com acesso à internet usa o celular para tal fim. Arrisco dizer que a maioria desses usuários acaba não tomando os devidos cuidados com a segurança digital mobile, tanto quanto estão atentos quando usam o PC ou notebook, seja em casa ou no trabalho.

É fato que os riscos mobile estão muito mais ligado à privacidade dos usuários do que com ataques hackers em crime de transações bancárias, por exemplo. Ainda assim, quem quer ter sua intimidade exposta?

Outro grande problema e que muitas vezes os usuários não se preocupam é o tipo de informação que está sendo armazenada no celular ou mesmo na nuvem. Digo isto porque, até um passado recente, nossa grande preocupação era com as informações que estavam salvas em um computador, um HD específico, num lugar “fixo”. Agora o perigo está no seu bolso e na nuvem.

Em resumo, a problemática do malware e toda a questão que envolve segurança digital só está migrando de plataforma. Aos usuários e à Hillary Clinton, fica meu alerta: tenhamos o mesmo cuidado – instalação de anti-vírus, principalmente – com nossos celulares e tablets como buscamos ter um dia com nossos desktops.

Recomendações ao utilizar seu dispositivo móvel:

  • instale um antimalware antes de instalar qualquer aplicação;
    mantenha o sistema operacional e as aplicações instaladas sempre com a versão mais recente e com todas as atualizações aplicadas;
  • seja cuidadoso ao instalar aplicações desenvolvidas por terceiros, como complementos, extensões e plug-ins. Procure usar aplicações de fontes confiáveis e que sejam bem avaliadas pelos usuários. Verifique comentários de outros usuários e se as permissões necessárias para a execução são coerentes com a destinação da aplicação;
  • ao usar aplicativos de redes sociais, principalmente os baseados em geolocalização, pois isto pode comprometer a sua privacidade.
  • seja cuidadoso ao usar redes Wi-Fi públicas;
  • mantenha interfaces de comunicação, como bluetooth, infravermelho e Wi-Fi, desabilitadas e somente as habilite quando for necessário. Para conexão bluetooth configure para que seu dispositivo não seja identificado (ou “descoberto”) por outros dispositivos (em muitos aparelhos esta opção aparece como “Oculto” ou “Invisível”).

Proteja seu dispositivo móvel e os dados nele armazenados:

  • mantenha as informações sensíveis e confidenciais sempre em formato criptografado;
    faça backups periódicos dos dados;
  • atenção ao controle físico sobre ele, principalmente em locais de risco (procure não deixá-lo sobre a mesa e cuidado com bolsos e bolsas quando estiver em ambientes públicos);
    use conexão segura sempre que a comunicação envolver dados confidenciais;
  • não siga links recebidos por meio de mensagens eletrônicas;
  • cadastre uma senha de acesso que seja bem elaborada e, se possível, configure-o para aceitar senhas complexas (alfanuméricas);
  • configure-o para que seja localizado e bloqueado remotamente, por meio de serviços de geolocalização (isso pode ser bastante útil em casos de perda ou furto);
  • configure quando possível, para que os dados sejam apagados após um determinado número de tentativas de desbloqueio sem sucesso (use esta opção com bastante cautela, principalmente se você tiver filhos e eles gostarem de “brincar” com o seu dispositivo).

Recomendação ao se desfazer do seu dispositivo móvel:

  • apague todas as informações nele contidas e restaure a opções de fábrica.

O que fazer em caso de perda ou furto de celular:

  • informe sua operadora e solicite o bloqueio do seu número (chip);
  • altere as senhas que possam estar nele armazenadas (por exemplo, as de acesso ao seu e-mail ou rede social);
  • bloqueie cartões de crédito cujo número esteja armazenado em seu dispositivo móvel;
  • se tiver configurado a localização remota, você pode ativá-la e, se achar necessário, apagar remotamente todos os dados nele armazenados.

Para sua segurança é muito importante que você siga as dicas apresentadas.

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